Cannabis medicinal no alívio da neuralgia do trigêmeo: uma alternativa terapêutica segura

A neuralgia do trigêmeo é considerada uma das dores mais intensas que um ser humano pode experimentar. O uso de cannabis medicinal surge como uma abordagem inovadora no alívio dessa condição, com menos efeitos colaterais que os tratamentos convencionais. Neste artigo, vamos entender como o CBD e o THC atuam na dor neuropática, com base em estudos e evidências clínicas.

A neuralgia do trigêmeo (NT) é uma doença neurológica crônica caracterizada por dor facial intensa em uma das três ramificações do nervo trigêmeo: oftálmica, maxilar ou mandibular. A dor costuma ser aguda, descrita como um choque elétrico ou ardor repentino, que pode durar segundos, mas se repete com alta frequência. Muitas vezes, a NT é confundida com dor de dente, dificultando o diagnóstico precoce.

A condição afeta principalmente adultos acima dos 50 anos e pode ser desencadeada por simples estímulos como falar, escovar os dentes ou tocar o rosto. Devido à intensidade da dor, a qualidade de vida dos pacientes costuma ser severamente comprometida.

Tratamentos tradicionais e seus limites

O tratamento convencional da NT inclui medicamentos como anticonvulsivantes (carbamazepina), antidepressivos, ansiolíticos, opioides e, em casos mais graves, cirurgias de descompressão do nervo trigêmeo. No entanto, esses tratamentos nem sempre são eficazes e costumam provocar efeitos colaterais importantes, como sonolência, ganho de peso, confusão mental, dependência e alterações gastrointestinais.

Com a busca por opções terapêuticas mais seguras e toleráveis, a cannabis medicinal tem sido estudada como uma alternativa viável, especialmente para casos de dor neuropática crônica.

Como a cannabis atua na dor do trigêmeo?

A cannabis sativa possui compostos chamados fitocanabinoides, entre eles o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol). Ambos interagem com o sistema endocanabinoide do corpo humano, que é responsável por regular sensações como dor, humor, sono e inflamação.

O CBD tem propriedades anti-inflamatórias, ansiolíticas e neuroprotetoras, sendo eficaz na redução da dor sem causar efeitos psicoativos. Já o THC, em concentrações terapêuticas, pode ajudar na dissociação da dor e atua como relaxante muscular, analgésico e regulador do sistema nervoso central.

Estudos clínicos e relatos de caso têm demonstrado que a combinação de ambos os canabinoides pode proporcionar alívio significativo da dor em pacientes com neuralgia do trigêmeo, sem os efeitos colaterais intensos comumente associados aos medicamentos convencionais.

Benefícios relatados no uso da cannabis medicinal

    • Redução da intensidade e frequência das crises de dor

    • Menor uso de medicamentos como opioides e anticonvulsivantes

    • Melhora do sono, humor e apetite

    • Aumento da qualidade de vida e funcionalidade

    Além disso, o tratamento com cannabis pode ser adaptado às necessidades de cada paciente, utilizando diferentes formas de administração (óleos sublinguais, vaporizadores, gomas, etc.) e concentrações personalizadas de THC e CBD.

É legal tratar a neuralgia com cannabis no Brasil?

Sim. A Anvisa permite o uso de produtos à base de cannabis medicinal por meio da Resolução RDC nº 660/2022, desde que haja prescrição médica e acompanhamento profissional. A indicação da cannabis para dor crônica é aceita, especialmente quando os tratamentos convencionais não oferecem resultados satisfatórios.

A Cannacloud oferece suporte completo nesse processo, auxiliando desde a consulta com médicos prescritores até a importação legal dos produtos. Tudo de forma segura, acessível e dentro das normas brasileiras.

A cannabis medicinal representa uma opção real e esperançosa para pessoas que sofrem com a neuralgia do trigêmeo. Com base em evidências e regulação legal, o uso do CBD e do THC pode oferecer alívio significativo da dor, reduzir o uso de medicamentos agressivos e melhorar consideravelmente a qualidade de vida.

Cada caso deve ser avaliado individualmente, com acompanhamento especializado. Mas a ciência aponta que a cannabis está deixando de ser uma alternativa distante para se consolidar como parte de um cuidado moderno, personalizado e centrado no bem-estar do paciente.

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